Gabriel Gonçalves
Há cinco anos que faço parte da Academia de Política Apartidária e agora sou o atual presidente.
Portanto, podemos dizer que falar de política é o meu ginásio.
Amanhã, Portugal volta às urnas para escolher o próximo Presidente da República, um ato eleitoral que acontece a cada cinco anos e que define quem é que, como Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, será o representante máximo dos portugueses.
As circunstâncias em que acontece este ato eleitoral nunca foram tão particulares, e não necessariamente pela positiva. O mundo atravessa a pior crise de saúde pública do século e o país enfrenta a pior fase desta pandemia, com um número recorde de mortos e de novos infetados. Neste caso, uma palavra para aqueles que, por causa da Covid-19, se viram privados do seu direito de voto, uma atitude que em nada favorece o jogo democrático.
Por estas razões, e mais do que nunca, temos o direito e a obrigação como cidadãos de participar num dos momentos mais importantes para a nossa democracia. De mostrar que as dificuldades que enfrentamos hoje só podem ser uma razão ainda maior para darmos sinais de vitalidade, de participação, de um sentido de comunidade sem o qual não combatemos os maiores problemas da sociedade.
E porque a democracia não é – e nunca será – um trabalho acabado, nós, as gerações mais jovens, temos aqui a oportunidade para mostrarmos que queremos fazer parte da solução. Não renunciemos ao direito que tão dificilmente foi conseguido, não renunciemos ao papel ativo que devemos assumir, não deixemos aos outros a oportunidade de construir um futuro melhor.
Amanhã, temos todos a oportunidade de exercer o nosso direito de voto e de contribuir com a nossa voz para uma verdadeira celebração da democracia. Não tomemos nada por adquirido e não deixemos de fazer a nossa parte, cada um de nós.