O ataque informático chegou a controlar o site oficial de campanha e a apelar a doações em criptomoedas, numa manobra considerada fraudulenta.

A menos de uma semana das eleições norte-americanas, o site oficial da campanha presidencial de Donald Trump foi atacado por piratas informáticos. Os hackers também desviaram 2,3 milhões de dólares da conta do Partido Republicano do estado de Wisconsin, avança a Associated Press.

“Não há dúvida de que o Partido Republicano do Wisconsin está agora em desvantagem com o dinheiro todo que desapareceu”, afirmou Andrew Hitt, líder do partido deste estado. A mesma fonte declara registar “atividade suspeita” desde 22 de outubro. De acordo com a CBS, os autores do ataque terão acedido à conta do Partido Republicano do Wisconsin e simulado transações com quatro contas falsas de venda de material para a campanha de Donald Trump, nomeadamente chapéus. 

Já esta quarta-feira, durante 30 minutos, o website da campanha foi invadido pelos supostos autores do ataque. Os piratas informáticos apresentaram uma mensagem a referir que “o mundo já está farto das fake news proliferadas por Donald J. Trump” e que era “altura de permitir que o mundo soubesse a verdade”. 

O incidente foi detetado por um jornalista, enquanto fazia pesquisa para um artigo. Fonte: Gabriel Lorenzo Greschler / Twitter.

As intervenções dos hackers no website apelavam os visitantes à doação, em criptomoedas, a duas contas distintas: uma a favor, outra contra a publicação de informação comprometedora sobre Donald Trump. A que auferisse maior quantia, decidira a ação dos piratas informáticos. No entanto, o controlo sobre o website foi reposto pelos técnicos responsáveis, antes que tal acontecesse, de acordo com a BBC.

O FBI, departamento federal de investigação dos Estados Unidos, já procedeu à abertura de um processo de investigação sobre o caso.  As eleições nos Estados Unidos realizam-se a 3 de novembro, mas 70 milhões de norte-americanos já votaram antecipadamente. Donald Trump procura renovar o seu cargo na Sala Oval por mais quatro anos, frente ao rival democrata, Joe Biden, antigo vice-presidente durante a administração de Barack Obama, de 2009 a 2016.

Editado por: Pedro Valente Lima