Vencedor das eleições de 2020, Joe Biden será o próximo Presidente dos Estados Unidos. O candidato democrata já obteve o mínimo necessário de 270 votos do Colégio Eleitoral para alcançar a liderança do país. Kamala Harris tornou-se na primeira mulher negra a ser eleita vice-presidente. Já na Casa Branca, Donald Trump não apresenta intenções de reconhecer a vitória do rival.

O antigo “número 2” da administração Obama é apontado como presidente eleito segundo as mais recentes projeções. Vários meios de comunicação social, como a Associated Press, CNN ou Fox News, anunciaram uma vitória de Joe Biden no estado da Pensilvânia, cujos 20 votos no Colégio Eleitoral valeram a eleição do candidato democrata. Em comunicado, Biden afirma sentir-se “honrado pela confiança que o povo americano depositou” e reiterou o seu lema de campanha, pedindo união enquanto nação. “É altura da América [Estados Unidos] se unir. E recuperar.”

O candidato democrata realça que “a democracia bate forte no coração da América”. Imagem: Campanha de Joe Biden.

O futuro 46.º Presidente dos Estados Unidos deu início a uma longa carreira política aos 29 anos, quando foi eleito senador do estado de Delaware, cargo que ocupou durante 36 anos. Após 8 anos como vice-presidente, ao lado de Barack Obama, e três corridas à presidência (1988, 2008 e 2020), Joe Biden alcança o mais alto cargo da política norte-americana.

No Twitter, Kamala Harris, vice-presidente eleita dos Estados Unidos, publicou um vídeo que a mostra ao telefone com Joe Biden. Num jardim, com fato de treino, Harris diz, em tom alegre: “Conseguimos, Joe! Vais ser o próximo Presidente dos Estados Unidos!”

 



Filha de pai jamaicano e mãe indiana-americana, Kamala Harris reúne vários feitos históricos. É a primeira vice-presidente mulher dos Estados Unidos, bem como a primeira descendente de indianos e primeira mulher negra a ser eleita para o cargo.

Vários líderes mundiais já reagiram aos resultados, incluindo em Portugal. O primeiro-ministro, António Costa, já felicitou Joe Biden no Twitter, dizendo estar pronto para colaborar com a nova administração norte-americana para a defesa da democracia, segurança internacional e combate às alterações climáticas. 

 

 

Já o atual presidente e candidato à reeleição, Donald Trump, recusa a derrota. Através da sua conta de Twitter, exclama ter vencido as eleições “por muito”. Mesmo sem apresentar provas para as acusações feitas ao Partido Democrata – de alegadas irregularidades no processo eleitoral -, a campanha de Trump já reagiu e comunicou que vai contestar os resultados nas instâncias judiciais. Com este cenário, o candidato republicano é o primeiro presidente dos Estados Unidos que não vence uma reeleição desde 1992.

 



Segundo o Jornal de Notícias, o Twitter já sinalizou ou bloqueou 37% dos tweets de Donald Trump desde a noite de terça-feira, dia de eleições nos Estados Unidos. Até às 10 horas da manhã de sábado, 7 de novembro, 16 dos 43 tweets do atual presidente norte-americano passaram a apresentar um aviso de conteúdos “contestáveis e [que] podem ter informações incorretas sobre como participar nas eleições ou em outros processos cívicos”.

Editado por Pedro Valente Lima.